Palestrante Especialista em Liderança

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Liderança que atrai e engaja talentos

Empolgo-me sempre quando me dedico a escrever textos sobre a missão de um líder. O líder do futuro é um líder do bem, é um líder coach, uma realidade que deve ser praticada a partir de agora. Por Alfredo Assumpção

Por Alfredo Assumpção

Empolgo-me sempre quando me dedico a escrever textos sobre a missão de um líder. O líder do futuro é um líder do bem, é um líder coach, uma realidade que deve ser praticada a partir de agora. Já estamos atrasados. Como coloco no meu livro “Gestão sem Medo” (editora Saraiva), sempre que necessitamos de uma referência olhamos para cima. Na ausência de alguém, apelamos para o misticismo, tentando falar com Deus. E o buscamos em cima, mesmo sabedores que estamos na nossa casa, um planeta redondo, onde não existe, segundo seu posicionamento no espaço, algo por cima, por baixo ou pelos lados. E, é interessante como esse olhar para cima se dá naturalmente. Olhamos ao alto sempre que precisamos de guidance ou respostas.

Buscamos um líder e, em última instância, um ídolo. Assim é que, ao nascermos encontramos, ao olharmos para cima, nossos primeiros líderes e ídolos, na forma de nossos pais. Entramos para a escola e chegam os professores, os novos líderes, os novos ídolos. Conseguimos o primeiro emprego e passamos a ter na figura do chefe imediato a figura do líder, que rapidamente se transforma em ídolo. Escolhemos governantes, os políticos que mais nos impressionam, e até praticamos alguma religião, sempre tendo um sacerdote, quando é o caso, como o líder ou ídolo, exemplo a seguir.

Resumindo, líder é sempre um exemplo a seguir. É o ídolo que nos influencia. Evoluímos e vamos trocando nossos líderes e ídolos rapidamente, à medida que nos decepcionam. Quando, então, se tornam os ídolos de pés de barro (desmoronam à nossa frente). Mas, sem dúvida, não vivemos sem que líderes existam emprestando-nos sua ética, sua postura, seu profissionalismo, sua consciência, seu exemplo de vida, dando-nos coaching para que tenhamos norte em nossas vidas.

Uma das grandes missões atuais (porque não são poucas) dos profissionais de Recursos Humanos é a de facilitar na formação de líderes que estejam para servir, com um viés muito forte para a competência de atuar como coach. Existe o que chamo de liderança invisível, mas consciente, operando em âmbito planetário, trabalhando para transformar os líderes atuais ou formar futuros líderes em exemplo do bem a seguir.

A maior concentração de líderes existente no mundo atual encontra-se no mundo corporativo. Não é mais nos governos, nas igrejas ou nas forças armadas. Desta forma, verdadeiros cientistas da arte do bem viver, que teimamos em chamar sustentabilidade, na forma de consultores para desenvolvimento de líderes, estão trabalhando incansavelmente, visando formar este gestor corporativo para um capítulo real de sustentabilidade.

Chamo a isso idealismo consciente e transformador, porque o líder corporativo bem preparado torna-se exemplo do bem a ser seguido por seus liderados. Eles que deixam o ambiente organizacional e levam para suas famílias e para a sociedade em que interagem, seja no botequim da esquina, campos de futebol, governo ou igrejas, o modelo do bem que copiam naturalmente do líder da sua instituição e replicam para todos os seus relacionamentos.

É então que o modelo de gestão do bem é replicado a partir das empresas podendo atingir a todo o planeta, na forma do seu atual contingente de 6,7 bilhões de pessoas. Não é utopia querer transformar toda a população planetária em pessoas felizes a partir da atitude e ação consciente de líderes preparados para tal, como líder do bem que sabe ser um coach para seus liderados.

Queremos e precisamos ter um líder que replique valores pela sociedade. Falamos aqui de conseguir altos níveis de produtividade e lucratividade, para o agora e o depois nas empresas, com líderes que desenvolvem pessoas e criam um ambiente corporativo sem assistencialismo ou zona de conforto, onde as pessoas possam se realizar na plenitude de suas potencialidades.

É quando a pessoa atinge o estágio desejado de felicidade no ambiente organizacional e satisfação plena na condução de sua carreira, com desafios e realizações em equilíbrio, possibilitando-a, enquanto ser humano, ter qualidade de vida e seja, enfim, um “capital” humano inteiro, por dentro e por fora, que proporcione lucro à sua empresa e lucre, através de alta remuneração, com o desempenho de sua função.

Falamos então que o grande líder é aquele que atrai, retém, motiva e desenvolve seu capital humano, dentro de um ambiente de felicidade e aceite de diversidade, sem que medo haja, para que as pessoas possam se ser integralmente, realizando-se no dia a dia. Todo grande líder precisa ser um coach. Este é o desafio que fica para os profissionais de RH: “desenvolver grandes líderes, segundo este modelo, em suas organizações”.

Alfredo Assumpção é CEO & Partner da Fesa Global Executive Search Transforming Leadearship. Autor de nove livros, dentre eles “Gestão sem Medo”, “Fraldas Corporativas”, “Felicidade, o Deus Nosso de Cada Dia” e “Caçando Executivos Financeiros”. Eleito pela Business Week com um dos mais influentes Headhunters do planeta.



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