Palestrante Especialista em Liderança

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O reflexo do empoderamento feminino no mercado de trabalho

É certo que as mudanças acontecem num tempo maior do que gostaríamos, entretanto algumas independem da nossa vontade, e são extremamente necessárias, o espaço que a mulher tem conquistado no mercado de trabalho é reflexo de sua capacidade, bem como de uma evolução social, que está acontecendo gradualmente no que se refere à igualdade de gênero.

Eu nunca me preocupei em ser feminista ou não, simplesmente fui fazendo o que achava correto e tinha vontade. Formei-me em engenharia mecânica numa época em que mulheres não cursavam engenharia, e tenho convivido quase a vida inteira em ambientes que têm mais homens do que mulheres. Era visível que a ideia de que a mulher é mais frágil, mais sensível, menos capacitada predominava no pensamento de muitos, todavia, as conquistas que obtive contrastam com esse pensamento, pois venci em áreas em que as mulheres não tinham espaço nem para tentar.

Os avanços são inegáveis. As mulheres hoje não encontram mais as mesmas barreiras, sendo, inclusive, cada dia mais, alçadas a postos de liderança. Uma série de características femininas, entre elas a capacidade de exercer múltiplas funções ao mesmo tempo e a facilidade de se relacionarem com os outros membros das equipes, passam a ser valorizadas pelo mercado de trabalho. No entanto, para alcançar o cenário ideal, tem muito que percorrer ainda, pois, por exemplo, a discrepância de salário entre homens e mulheres que exercem o mesmo cargo ainda é uma realidade.

Normalmente, mulheres estudam mais tempo que os homens e com isso atingem uma melhor formação acadêmica, um dos fatores que levam a isso, é o fato das mulheres se adaptarem melhor ao ambiente escolar. Porém, a predominância dessas no ambiente de ensino, não se equipara a presença delas em altos cargos, como mostra uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em que as mulheres ocupam menos de 40% dos cargos de liderança, isso mostra que o prestígio masculino não é reflexo de sua maior capacidade, e sim de uma cultura que, infelizmente, ainda é marcada pelo machismo.

Outra constatação que fiz é que, ainda hoje, na maioria das vezes, para uma mulher chegar a um cargo mais alto na organização ela tem que ser bem melhor que seus concorrentes do sexo masculino. Pois se tiverem qualificações idênticas, em muitos casos, o homem ainda será escolhido.

Claro que muitas organizações estão começando a ver que mesmo com suas peculiaridades como, TPM, gravidez e uma maior sensibilidade a ocasiões de estresse, as mulheres podem ser até mais competentes que os homens em diversas atividades. Sem contar o fato de que cada vez mais temos mulheres empreendedoras. Com isso, os exemplos de mulheres de sucesso vão aumentando, e se tornando incentivo para outras.

 Nos anos oitenta, quando assumi a gerência de uma empresa pela primeira vez um funcionário pediu demissão, porque não aceitava ter mulher como chefe. Será que ele faria isso hoje em dia? Em um cenário, que apesar de ainda ser predominantemente masculino, temos um aumento de mulheres, até mesmo, comandando as reuniões de diretores das grandes empresas.

Sonia Jordão é engenheira, especialista em liderança, palestrante e escritora, com centenas de artigos e diversos livros publicados, entre eles "A Arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado". 

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