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Explosão? Só se for de alegria!

Existem duas maneiras de ver a vida, com ou sem emoção. Todos nós quando acordamos podemos optar por levar uma vida com ou sem emoção. Por Alexandre Luiz Gomes

Por Alexandre Luiz Gomes

Qual a semelhança entre os dias 11 de setembro de 2002 e 11 de março de 2004? Qualquer um sabe responder: tragédia, sofrimento, revolta, dor e tristeza.

E se eu te perguntar o que têm em comum entre os dias 10 de abril, 27 de outubro e 05 de dezembro, você sabe? Se não sabe, vai descobrir no final deste artigo.

Existem duas maneiras de ver a vida, com ou sem emoção. Esta frase até parece aqueles passeios de bugue no nordeste. Todos nós quando acordamos podemos optar por levar uma vida com ou sem emoção. Vou simular as duas situações e você verá a diferença:

Levando uma vida sem emoção:

O(a) “urubú” (vamos chamar esta pessoa assim) acorda pela manhã, dá um soco no despertador que cai no chão e quebra. A(o) esposa(o) ao lado assusta com o barulho e pergunta “o que foi?”. E a resposta vem como um delicado coice de cavalo: “não é da sua conta, quê saco!”.

O urubú se levanta, vai arrastando suas asas até o banheiro, joga água no rosto e não pára de reclamar. Como está atrasado, deixa o banho para noite. No caminho até o escritório, vai xingando a mãe, avó, todos os parentes dos motoristas ao lado, inclusive suas gerações futuras.

Chegando ao escritório resmunga com uns e outros e até com o chefe. Participa da reunião olhando o relógio não vendo a hora de ir embora. Abre seus e-mails e responde rispidamente e não dando margem a respostas e negociações das outras partes.

No almoço, o(a) “urubú” engole rapidamente a comida como se fosse um pato, sem mastigar e saborear os alimentos. O(a) “urubú” é frequentemente visto almoçando sozinho(a) devido ao seu mal humor.

Após o almoço volta ao escritório, maltrata mais algumas pessoas e fica de olho no relógio para ir embora. Seu filho ou filha liga e pede para ir no cinema com as amigas e ele xinga, diz que não pode e quase quebra o telefone de tanta raiva.

Como o(a) “urubú” está muito cansado(a) e nervoso(a) resolve parar em um “buteco” para tomar uma, duas, várias cervejas. Ele(a) enche tanto o saco do garçom, que é expulso(a) do bar e chega escorado em casa. Ainda lhe restou forças para xingar o cachorro que veio lamber a sua cara. E assim termina mais um dia deste ser (porque isto para mim não é humano!) sem emoção.

Levando uma vida com emoção:

O(a) “de bem com a vida” (vamos chamar esta pessoa assim) acorda pela manhã, sem precisar do despertador pois dormiu bem durante à noite. Ele(a) vira-se para o outro lado da cama e beija a(o) esposa(o) e dá um BOM DIA!. E, por mais que o(a) companheiro(a) esteja sonolento, a resposta vem na mesma moeda (a menos que seja um(a) esposo(a) urubú).

O(a) “de bem com a vida” se levanta, toma aquele banho gostoso. Está cheio de energia, pronto e animado para mais um dia. No caminho até o escritório, vai escutando uma música ou cantarolando alguma coisa, dá no máximo umas buzinadas para outros motoristas e pronto.

Chegando ao escritório dá BOM DIA de cabo a rabo, ou seja, da recepcionista, faxineira até o gerente, diretor. Participa da reunião ativamente, dando idéias, contribuindo ao máximo, e nem percebe as horas passarem. Abre seus e-mails e responde a todos educadamente e com agilidade.

No almoço, o(a) “de bem com a vida” vai com alguém batendo papo sobre diversos assuntos, de preferência os que não são relacionados ao trabalho. Ele(a) utiliza o horário do almoço para descansar a cabeça e se reenergizar. Come de tudo, saboreando a comida.

Após o almoço, volta ao escritório e com a correria do dia a dia não vê o expediente acabar. Seu filho ou filha liga e pede para ir no cinema com as amigas e ele(a) se desmancha. Mesmo quando não concorda, trata com carinho os filhos e explica porque não deixa de uma forma carinhosa.

O(a) “de bem com a vida” volta para casa ou vai fazer alguma atividade (esporte, leitura ou algum hobbie à noite). Este tipo de pessoa tem energia para fazer outras atividades “extra escritório”. Pode ser atividade física, social ou artística. Quando chega em casa, brinca com os filhos, dá um beijo na(o) esposa(o), come alguma coisa, vê televisão ou lê um jornal e já está acabando o dia.

Conclusão:

É claro que de vez em quando fazemos algumas coisas no estilo “urubú”. Isto ocorre quando estamos com problemas sérios de saúde na família ou estamos estressados após longo períodos sem férias. Mas cuidado, isto não pode ser um hábito na vida. Temos que ser o(a) “de bem com a vida” em nosso dia a dia, ou seja, em casa, no convívio familiar, no convívio social e na empresa.

Na empresa, uma pessoa de bem com a vida contagia as demais, criando um clima agradável de trabalho. Um chefe de bem com a vida é melhor ainda para a empresa, porque estimula as outras a opinar, participar, dar o melhor de si.

Se você ainda não possui cargo de chefia, trabalhe bastante, agregue o máximo de valor para sua empresa, seja uma pessoa de bem com a vida e com certeza em pouco tempo será reconhecido(a). E, pelo amor de Deus, ao virar chefe não mude sua postura só por causa do poder e do status. Continue trabalhando da mesma forma para que seu crescimento seja ininterrupto. Nunca vire um “urubú”.

Se você conhece um “urubú”, afaste-se dele(a) antes que ele(a) te contamine com sua maneira errada de ver a vida. Mas, se você conhece um “de bem com a vida”, aproxime-se dele(a), faça amizade, converse, aprenda com esta pessoa, que está no caminho certo do sucesso. Provavelmente, esta pessoa já é bem sucedida ou em questão de pouco tempo passará a ser. Agora vocês devem estar se perguntando o que têm em comum os dias 10 de abril, 27 de outubro e 05 de dezembro, que coloquei no início deste artigo.

Todos os dias do ano devem ser vividos da mesma forma, não importa se for dezembro ou julho, abril ou setembro. Nós não podemos ficar alegres somente em festas, férias ou carnaval, temos que exercitar a alegria que está em nosso coração sempre.

Se as explosões do mundo fossem só de alegria, o mundo seria muito melhor, mais justo, com menos desigualdades.

Alegre-se, você conseguiu ler este texto. Se você sabe ler, tem onde morar, têm família, tem roupas, tem saude, tem dignidade, alegre-se porque você está melhor que bilhões de pessoas no mundo.

Então, está esperando o quê para parar de reclamar e explodir de alegria?

Seja Feliz!

Alexandre Luiz Gomes é formado em Administração pela PUC/MG, Pós-graduado
em Gestão Empresarial pela FGV, autor do livro Motivação & Criatividade no dia-a-dia, palestrante e autor de artigos já publicados em revista, sites e jornais.

Site: http://www.sucessoefelicidade.com.br    

Blog: http://www.sucessoefelidade.blogspot.com 



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