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Surfando no Tsunami

O verdadeiro otimista aceita a realidade e busca visualizar ou construir espaços favoráveis dentro dela. Por Gisela Kassoy

Por Gisela Kassoy

A crise financeira atual nos afetará ou não? Se sim, como e quanto? Se você está preocupado, vale lembrar que crises fazem parte da vida e normalmente contribuem para o crescimento das pessoas, empresas e países envolvidos.

A intenção deste artigo não é fazer previsões. Trata-se de um apanhado de minha experiência como consultora em criatividade, quando atuei com empresas em crise, bem como o que vi e vivi como pessoa e cidadã. Pretendo apontar algumas atitudes e comportamentos que poderão ajudá-lo a viver o impacto do momento, ajudá-lo a ajudar sua empresa e, sobretudo, mostrar como você pode se destacar positivamente no seu ambiente de trabalho.

Alguns tópicos para sua reflexão:

Realismo construtivo – Algumas pessoas se comportam como o “arauto do apocalipse”: trazem más notícias, fomentam o pânico. Assim elas são ouvidas, conseguem impressionar. Se as notícias forem verdadeiras, pelo menos estão acrescentando informação. No mais, é só contribuição para o medo e baixo astral.

Outras pessoas se comportam como “Polianas deslumbradas”. Historicamente, o capitalismo sempre teve altos e baixos e o mundo sempre soube se reorganizar após crises financeiras e até eventos bem piores, como guerras e hecatombes. Entretanto, frases vagas do tipo “tudo vai dar certo” vão soar fora de lugar, assim como atitudes de negação dos fatos.

O verdadeiro otimista aceita a realidade e busca visualizar ou construir espaços favoráveis dentro dela. É aí que o velho chavão da crise como sinônimo de oportunidade funciona.

Convivência com a incerteza – Quem não suporta a incerteza tende a preenchê-la com fantasias. Pior, tende a insistir com sua hipótese ao ponto de negar outras possibilidades. Nada pode ser mais perigoso. Assumir o desconhecimento é muito mais construtivo do que se apegar a uma única opinião. Em meu trabalho, estimulo a ampliação da percepção e de enfoques diferentes. Decisões criativas se beneficiam da diversidade.

Além disso, sugiro decisões com planos A, B e C e muita flexibilidade para o imprevisível.

A vida pode até mudar, mas continua. Já foi comum o adiamento de iniciativas para depois das crises. Isso não funciona mais. Por outro lado, a incerteza pode gerar uma “síndrome da barata tonta”, ações sendo feitas, desfeitas e refeitas sem gerar resultados Para a geração de idéias durante crises, sugiro uma classificação dos planos a serem mudados, mantidos ou postergados. Na seqüência faço a visualização das oportunidades. É aí que elas são criadas.

Razão e emoção – Na crise atual, economistas usam mais do que nunca palavras como pânico, fatores psicológicos e nervosismo. Significa que esta crise é a pior de todos os tempos? Ou será uma convergência entre a economia, a psicologia e a sociologia? Pessoas devem de fato considerar seus sentimentos. A objetividade inclui levar em conta as emoções, perceber o quanto elas afetam os comportamentos. Pessoas ou empresas, o que importa é que as idéias e as escolhas se dêem em função dos objetivos, não de acordo com personalidades, cultura organizacional ou momento psicológico.

Contribuições – Momentos difíceis precisam de sugestões e ousadia. Como em todas as crises, esta é uma oportunidade para as pessoas aparecerem. Quem perceber que uma idéia faz sentido vai lutar por ela. E se alguém achar que a idéia não é boa, estará muito ocupado discutindo a crise para criticá-la.

Gisela Kassoy – Suporte à Inovação Contínua

E-mail: gisela@giselakassoy.com.br

Site: www.giselakassoy.com.br



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