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Gestão de riscos em pauta

A gestão de riscos é um tema que muitos falam, mas poucos buscam aplicar o que dizem. Com a evidência do assunto, vêm surgindo no mercado uma procura por cursos, treinamentos e também profissionais com especialização em administração nessa área. Mas o que seria gestão de riscos? Por Marcos Assi

Por Marcos Assi

A gestão de riscos é um tema que muitos falam, mas poucos buscam aplicar o que dizem. Com a evidência do assunto, vêm surgindo no mercado uma procura por cursos, treinamentos e também profissionais com especialização em administração nessa área. Mas o que seria gestão de riscos?

 No ambiente empresarial podemos identificar vários tipos de riscos, tais como ameaças ao ambiente empresarial que a companhia esta inserida, riscos de concorrência, políticos, assuntos legais, regulatórios, financeiros, alterações de demanda, entre outros. No que tange ao ambiente comercial, podemos sofrer com riscos de perda de negócios chave da empresa, de ativos físicos, financeiros, envolvimento em corrupção, fraudes contábeis, lavagem de dinheiro, entre outras possibilidades.

 E com relação às informações corporativas podemos identificar riscos decorrentes da má qualidade das informações contábeis e financeiras que proporcionam tomadas de decisões e fornecimento deficiente de dados para terceiros e em muitos dos casos totalmente “sem pé, nem cabeça”.

 Os riscos aumentam quando surgem novos tipos de estruturas corporativas e com as constantes mudanças tecnológicas. Por conta disso, muitos controles sobre as informações e ativos tem sido comprometidos ou até mesmo eliminados durante a implementação dos novos processos.

 Por esse motivo que os profissionais de controles internos e compliance necessitam de uma proximidade muito grande com a área e profissionais de riscos para uma busca por melhores procedimentos de monitoramento, e formas de redução dos riscos operacionais existentes nas organizações. 

 O controle interno é um assunto tão evidenciado nos dias atuais, e para os administradores nem sempre é um tema dos mais excitantes. Porém, a cada dia a questão tem sido considerada nos meios acadêmicos, seminários e palestras, e algumas organizações têm demonstrado maior preocupação e estão promovendo debates entre os profissionais com conhecimento na busca de uma maior eficiência na área.

 A implantação de comitês de auditoria, busca por conselheiros com maior especialização nos assuntos de controles internos e contábeis, a divulgação de fraudes de grande montante e até de transações questionáveis pelas companhias, demonstram a mudança que está ocorrendo.

 A necessidade de informações mais precisas e especificas pela administração fortalece a busca por melhores formas de gestão de riscos e por sistemas de controles internos mais eficientes, que possam evidenciar fraquezas e deficiências existentes, demonstrando os riscos que as organizações estão correndo no dia-a-dia de suas atividades operacionais.

 A avaliação dos riscos e do ambiente de controle internos torna-se cada dia uma necessidade eminente nas organizações, sem contar que os órgãos reguladores estão apertando o cerco no que tange a necessidade de maior monitoramento interno. Então, devemos deixar de lado a aversão a controles que são inerentes aos administradores e gestores e usá-los para o desenvolvimento dos negócios.

Marcos Assi é coordenador e professor do MBA Controles Internos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios.



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