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Super-homem existe? Para quê?

A grande dificuldade dos profissionais de recursos humanos e consultorias especializadas em recrutamento de executivos é exatamente identificar a convergência entre esses propósitos. Por Carlos Eduardo Ribeiro Dias

Por Carlos Eduardo Ribeiro Dias

Quase todos os dias, somos questionados por clientes, candidatos, imprensa e amigos sobre qual é o perfil do executivo ideal, que características ou competências fazem com que este tenha sucesso. Lamento, não há resposta.

Não há perfil ideal. Há diversos fatores para analisar antes de falarmos sobre a necessidade de super-heróis. Ser um profissional de sucesso ou com alto potencial depende de outros fatores que não estão diretamente ligados ao profissional em si, mas a uma combinação de competências e propósitos da carreira escolhida (ou almejada) ou da posição ocupada com circunstâncias várias: de mercado, momento da empresa, para quem irá se reportar.

A grande dificuldade dos profissionais de recursos humanos e consultorias especializadas em recrutamento de executivos é exatamente identificar a convergência entre esses propósitos. Em outras palavras: o que as pessoas buscam e podem oferecer versus o que as empresas precisam. É preciso que haja um alinhamento cultural para ter sucesso na carreira. Não há profissional ruim. Há, sim, pessoas nos lugares errados.

Não acredito que haja um perfil ideal de profissional. Cada indivíduo é único e cada processo seletivo tem suas peculiaridades. Empresas têm culturas diferentes e desafios que se alternam em decorrência de mudança do cenário. Há momentos de turbulência em que as empresas precisam de profissionais para enxugar a equipe, ou na contra mão disso, momento de forte expansão local ou internacional onde o perfil buscado é outro.

De uma verdade não podemos fugir: há competências e características pessoais ideais que são bem vindas em qualquer profissão. Como exemplo, a capacidade de adaptação, velocidade de resposta em situações adversas, liderança de projetos e pessoas e, principalmente, potencial de execução. Ouso dizer que é raro encontrar pessoas que conseguem “tirar” projetos do papel. Quando encontradas, são aquelas que agem com proatividade diante das demandas.

Quando avaliamos um profissional, levamos em conta basicamente três fatores: formação acadêmica (técnica e intelectual), experiência (histórico profissional) e características comportamentais.

A mais complexa tarefa é identificar as características comportamentais, pois adentramos em uma discussão a respeito de atributos muito subjetivos e difíceis de qualificar. Como graduar o nível de iniciativa de alguém, de comprometimento em uma conversa ou a capacidade de resistência à frustração? Formação acadêmica, técnica e histórico profissional são características mais objetivas e pragmáticas para se avaliar.

O sucesso das companhias está diretamente ligado à soma das competências das pessoas que compõem seus quadros. Mas se tudo isso não estiver alinhado, se o time não estiver muito consciente dos objetivos, metas e resultados planejados não há como gerar resultados sustentáveis. Será que precisamos de um super-herói? Hoje em dia, não só as pessoas são mutantes, mas o cenário também muda constantemente.

Carlos Eduardo Ribeiro Dias é graduado em Administração de Empresas, com ênfase em Recursos Humanos. É CEO e Sócio da Asap.

E-mail: vanessa@asapexec.com.br 

Sites: http//:www.asapexec.com.br



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