Palestrante Especialista em Liderança
Há uma corrente forte na administração moderna informando que as equipes são uma saída para a moderna estruturação de empresas. Muito se fala, pouco se faz. Conheça algumas etapas básicas para montar uma equipe. Por Carlos Alberto de Faria
Por Carlos Alberto de Faria
Há uma corrente forte na administração moderna informando que as equipes são uma saída para a moderna estruturação de empresas.
Muito se fala, pouco se faz.
Há vantagens e desvantagens, como tudo na vida. Assim como não há almoço de graça, também não há benefício sem custo!
O grande benefício das equipes é a redução dos custos, vinda da capacitação, todos estão aptos a fazer tudo, dentro da equipe. O custo pago por isso é que não há especialistas em quase nada, podendo ocasionar dependência externa.
Para se montar uma equipe aqui está uma receita, com algumas etapas básicas que precisam ser vencidas:
Mas para iniciar a a primeira etapa, há uma atividade que é freqüentemente esquecida: a entrevista dos clientes, internos ou externos, que receberão os resultados - o que a equipe irá fazer, produzir - com a finalidade de verificar o que esses clientes efetivamente querem receber e os respectivos valores agregados a esse resultado, a serem produzidos pela equipe.
Para fazermos uma entrevista com o cliente, a primeira coisa que devemos fazer é identificá-lo e aplicar a ferramenta 5W+2H, explicada em artigo anterior: Encontre o valor agregado aos seus serviços.
E é isso mesmo, começa-se a montar a equipe de trás para a frente: a primeira etapa é obter quais os resultados desejados - operacionais e não operacionais - e os respectivos valores agregados. A partir deste ponto é só seguir a receita acima.
Um ponto em que pode restar dúvida é o seguinte: quem deve fazer isso? A gerência ou a própria equipe?
A minha resposta é na linha do custo-benefício; quanto mais se delegar, maior a responsabilidade que a equipe vai assumir e mais focado nos resultados fica o trabalho do gerente. O gerente pode perder poder, mas ganha, e muito, no foco e nos resultados, pois as lateralidades, que tanto tempo tomam, passam a ser responsabilidade da equipe.
Vamos a um exemplo prático: imagine uma equipe de vendas para a qual o gerente coloca eles poderem definir os critérios utilizados na repartição dos ganhos de produção da equipe e efetuar a própria repartição de ganhos.
Colocando essa responsabilidade sobre os membros da equipe o gerente tira um pouco do seu poder, mas em compensação "não escuta nada com relação aos critérios utilizados, nem que esteja protegendo alguém".
Já quando a própria equipe é quem estabelece critérios, deixa-se o paternalismo de lado, e o gerente pode focar melhor o desempenho da equipe, e o que ele, gerente, pode fazer para que o desempenho da equipe melhore, que a princípio deveria ser o seu foco... Mas isso significa uma grande mudança cultural.
Com outros tipos de equipes não seria muito diferente!
Carlos Alberto de Faria, com mais de 30 anos de experiência profissional, atuou em diversas áreas, incluindo desde a experiência de gestão e liderança de 1200 empregados como Superintendente a gerente do Departamento de Planejamento Mercadológico da Telecomunicações do Paraná S.A
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